
As xilogravuras têm um contraste forte de claros e escuros, bem traçados. Já as litogravuras trabalham mais com os tons médios e com contraste suave. Mas toda a parte técnica fica meio esquecida devido aos contrates psicológicos de suas obras. Pois quem repara se ele esculpiu em madeira ou desenhou em pedra, quando em sua obra é possível ver um mundo que se desdobra em figuras espelhadas ou se transforma em parte de um cenário sobre uma mesa, onde um livro é apoiado por um prédio?
Como a matemática pode ser tão artística e lúdica? É possível, com um olhar mais atento, visualizar uma malha em suas obras, alem de figuras orgânicas se geometrizando e se modificando, numa metamorfose de movimento congelado. Nessa metamorfose perdemos o sentido do que é fundo, do que é figura, do que é real ou não.
As instalações fecham o ciclo, fazendo mergulhar profundamente nesse mundo das ilusões, tornando os visitantes, parte integrante dessas obras. E quem não se encanta ao ver um gato no ar? Qual baixinho não quer se tornar gigante?
O mundo mágico foi uma exposição com as obras mais consagradas desse artista fascinado por esferas espelhadas, formas geométricas e ilusões e deformações óticas. Suas obras nos levam para um universo onde a desconstrução constrói e o inviável tornasse visivelmente possível, mais adiante da estrada de tijolos amarelos, na fronteira do país das maravilhas.
*Gestalt – é uma teoria que descreve a percepção visual como a organização de princípios, através do cérebro, de: proximidade, continuidade, semelhança, segregação, preenchimento, unidade, simplicidade e figura/fundo. Esses conceitos ajudam no desenvolvimento de campanhas publicitárias, design e estudo sobre efeitos psicológicos sobre a percepção. Através dessa teoria se compreende alguns tipos de ilusões de ótica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário